segunda-feira, 31 de maio de 2010

Ciladas e Armadilhas

no caminho espiritual.

E como cada gesto, cada palavra, cada intenção oculta ou explícita, nos mostram o que é a causa e cada retorno que daí cada um colherá...

Obrigado Dani Lopes! Seu Amor e Luz Fraternais me conduzem muitas vezes para portos seguros durante esta longa, muitas vezes escura, mas maravilhosa jornada chamada encarnação.

"Recomendo, convicto, a meditação sobre a lista que apresento a seguir. Embora breve em palavras, é profunda em intuições. Meu propósito ao partilhar esses problemas possíveis é poupar ao maior número de pessoas o sofrimento, carma negativo e atrasos no caminho da ascensão provocados pela ignorância dessas lições.

O caminho espiritual é bastante fácil num plano e incrivelmente complicado em outro.


1. Abrir mão de seu poder pessoal, concedendo-o a outras pessoas, à mente subconsciente, ao ego negativo, aos cinco sentidos, ao corpo físico, ao corpo emocional, ao corpo mental, à criança interior, a um guru, aos mestres ascensionados, a Deus. Não seria perda de tempo refletir sobre isso, pois há multa sabedoria nessa curta frase.

2. Amar os outros, mas não a si mesmo.

3. Não reconhecer o ego negativo como fonte de todos os problemas.

4. Concentrar-se em Deus, mas deixar de integrar e criar de modo correto a sua criança interior.

5. Não comer corretamente e não fazer exercícios físicos suficientes, o que resulta em doença física e limitação nos outros níveis.

6. Mergulhar profundamente na vida espiritual mas não reconhecer o plano psicológico, que precisa ser compreendido e dominado.

7. Desejos materiais.

8. Exercer poder sobre os outros depois de alcançar o sucesso.

9. Desligar-se demais das coisas da Terra, o que prejudica o corpo físico.

10. Tentar escapar da Terra, em vez de criar o Céu na Terra.

11. Enxergar as aparências, em vez da verdadeira realidade que está por trás de todas as aparências.

12. Tentar tornar-se Deus, em vez de perceber que você já é o Eu Eterno, como todas as outras pessoas o são.

13. Não perceber que você é a causa de tudo.

14. Servir os outros totalmente antes de se tornar auto-realizado dentro de si mesmo.

15. Pensar que existe algo que se possa chamar de raiva justificada. A raiva é uma armadilha perigosa.

16. Tornar-se um extremista, e não ser moderado em todas as coisas.

17. Pensar que precisa ser asceta para tornar-se um ser espiritual.

18. Tornar-se sisudo demais, deixando de ter alegria, felicidade e diversão suficientes na vida.

19. Ser indisciplinado e deixar de perseverar incessantemente em suas práticas espirituais.

20. Abandonar as práticas e estudos espirituais quando se envolve num relacionamento.

21. Priorizar o relacionamento em detrimento do eu e de Deus. Essa é outra armadilha traiçoeira.

22. Deixar que a criança interior governe a sua vida.

23. Ser critico demais e duro demais consigo mesmo.

24. Deixar-se enredar pelo glamour e ilusão dos poderes psíquicos.

25. Tomar posse de seu poder pessoal, mas não aprender ao mesmo tempo a submeter-se a Deus; ou submeter-se a Deus, mas não aprender a assumir ao mesmo tempo seu poder pessoal.

26. Abrir mão de seu poder pessoal quando estiver fisicamente cansado.

27. Esperar que Deus e os mestres ascensionados resolvam todos os seus problemas

28. Viver no piloto automático e relaxar a vigilância.

29. Entregar seu poder a entidades que você canalizar.

30. Ler demais e não meditar o bastante.

31. Deixar que a sexualidade o domine, em vez de dominá-la.

32. Identificar-se excessivamente com seu corpo mental ou emocional, sem atingir o equilíbrio.

33. Pensar que precisa ser um canal para outras vozes ou ver ou experimentar toda espécie de fenômenos mediúnicos a fim de se tornar espiritualizado ou ascender.

34. Forçar a elevação da kundalini.

35. Forçar a abertura dos chacras.

36. Pensar que o seu caminho espiritual é o melhor.

37. Julgar as pessoas em função do nível de iniciação que alcançaram.

38. Partilhar seu nível "avançado" de iniciação com outras pessoas.

39. Contar aos outros o "bom trabalho espiritual" que você faz, em vez de simplesmente recolher-se na sua humildade.

40. Pensar que as emoções negativas são algo imprescindível.

41. Isolar-se dos outros e achar que isso é ser espiritualista.

42. Considerar a Terra um lugar terrível.

43. Entregar seu poder à astrologia e à influência das estrelas.

44. Apegar-se demais às coisas.

45. Viver desapegado demais com relação à vida; não se esforçar rumo ao desapego envolvido.

46. Viver preocupado demais com o eu; e não se dedicar o suficiente a servir os outros.

47. Enredar-se nas numerosas teorias equivocadas da psicologia tradicional, pois cada uma delas não passa de uma fina fatia da torta inteira.

48. Ser místico demais ou ocultista demais, e não se esforçar para integrar os dois lados.

49. Desistir em meio a grandes adversidades. Essa é uma das piores armadilhas. Você jamais deve desistir! Jamais deve desistir! Nunca, jamais deve desistir!

50. Achar que o sofrimento que o está incomodando - seja em que nível for - não irá passar.

51. Concentrar-se demais no nível de iniciação que alcançou, ou aguardar com ansiedade exagerada o momento da ascensão, em vez de se preocupar com o trabalho que precisa ser feito.

52. Deixar-se enredar pelos poderes espirituais ou pela obtenção dos Siddhas, em vez de reconhecer que o amor é, dentre todos, o maior poder espiritual.

53. Denegrir outros grupos espiritualistas ou metafísicos, em vez de buscar o trabalho conjunto e a unificação, mesmo que esses grupos não estejam inteiramente sintonizados com todas as suas crenças.

54. Deixar-se enredar no dogma da religião tradicional.

55. Pensar que precisa de um sacerdote, que aja como intermediário entre você e Deus.

56. Usar suas crenças espirituais para gerar divisão, elitismo ou uma condição especial indevida.

57. Tornar-se fanático demais por suas crenças.

58. Achar que você pode alcançar a iluminação por meio de drogas ou algum tipo de pílula; essa é a pior forma de ilusão.

59. Achar que outras pessoas não precisam trabalhar no caminho espiritual como você.

60. Priorizar seu relacionamento com os filhos em detrimento das relações consigo mesmo e com Deus.

61. Enredar-se em todas as atrações deste mundo material realmente fascinante.

62. Envolver-se demais no amor a uma só Pessoa, em vez de expandir seu amor para englobar muitas pessoas, e todos os outros enfim, num senso incondicional.

63. Enredar-se na dualidade, em vez de buscar equilíbrio mental, paz interior e equanimidade em todos os momentos; se você não transcende a dualidade, continuará vitima da montanha-russa emocional, sacudindo-se de um lado para o outro entre os altos e baixos da vida. A alma e o espírito pensam com uma consciência transcendente, que não tem ligação com essa lufa-lufa quotidiana.

64. Ser pai ou filho, mãe ou filha no relacionamento, em vez de assumir a condição de adulto.

65. Pensar que precisa sofrer na vida.

66. Ser um mártir do caminho espiritual.

67. Precisar controlar os outros.

68. Ter ambição espiritual.

69. Precisar de simpatia, amor ou aprovação.

70. Ter necessidade de ser um mestre.

71. Ser hipersensível ou, no outro lado da moeda, duro demais.

72. Assumir responsabilidades no lugar dos outros.

73. Ser um salvador.

74. Servir por motivos egoístas e pensar que está acumulando mérito espiritual.

75. Pensar que é espiritualmente mais avançado do que realmente o é; por outro lado, pensar que é menos avançado do que realmente o é.

76. Ser famoso.

77. Dar importância indevida à busca da paixão ou da alma gêmea, e não perceber que a alma e a mônada são aquelas que, na verdade, você está procurando prioritariamente.

78. Pensar que precisa de um relacionamento romântico para ser feliz.

79. Precisar ver-se no centro do palco; ou, no outro lado da moeda, preferir sempre se esconder pelos cantos.

80. Trabalhar e esforçar-se demais, exaurindo-se fisicamente, ou, no outro lado da moeda, distrair-se demais e não se ocupar dos assuntos do Pai,

81. Buscar orientação em médiuns e não confiar na própria intuição.

82. Trabalhar, neste plano ou no plano interior, com mestres que não sejam ascensionados e tenham compreensão e concepção limitadas da realidade.

83. Fazer do caminho espiritual um simples interesse, e não o "fogo devorador".

84. Perder tempo demais na frente da tv, lendo romances fúteis, assistindo a filmes violentos.

85. Gastar quantidades imensas de tempo e energia por falta de organização e administração adequada do tempo.

86. Pensar que discutir com os outros é algo que sirva a você ou a outras pessoas.

87. Tentar vencer ou estar certo, em vez de se esforçar pelo amor.

88. Enfatizar demais a intuição, o intelecto, o sentimento e o instinto, em vez de perceber que tudo isso precisa ser equilibrado e integrado, cada qual na sua devida proporção; a cilada, aqui, é identificar-se excessivamente com um deles.

89. Devotar-se a um guru que o diminui, em vez de se dedicar ao Eu Eterno que é você mesmo.

90. Tentar permanecer aberto todo o tempo, em vez de saber como abrir e fechar seu campo de acordo com a necessidade.

91. Não saber dizer não às pessoas, à criança interior ou ao ego negativo sempre que for necessário.

92. Pensar que a violência ou qualquer tipo de agressão contra os outros vá lhe trazer aquilo que você deseja, ou que sirva a Deus de algum modo.

93. Culpar a Deus ou irritar-se contra Ele ou contra os mestres ascensionados por causa dos próprios problemas.

94. Quando suas orações não forem atendidas, pensar que Deus e os mestres ascensionados não estão respondendo às suas preces.

95. Comparar-se com outras pessoas, em vez de se comparar com o próprio eu.

96. Pensar que ser pobre é ser espiritualizado.

97. Comparar-se e competir com os outros por causa do nível de iniciação e ascensão.

98. Assumir o papel de vítima diante de outras pessoas ou de seu próprio corpo físico, emocional ou mental; desejos, cinco sentidos, ego negativo, eu inferior.

99. Estudar demais e não manifestar seus conhecimentos no mundo real.

100. Pensar que seu mau humor é a verdadeira realidade de Deus.

101. Pensar que o valor reside em fazer e alcançar coisas.

102. Pensar que você não precisa se proteger espiritual, psicológica e fisicamente.

103. Pensar que glamour, ilusão, maya, ego negativo, medo e separação são reais.

104. Usar açúcar, estimulantes artificiais, café e refrigerantes para obter energia física.

105. Tentar fazer tudo sozinho e não pedir a ajuda de Deus; ou, no outro lado da moeda, pedir a ajuda de Deus e não se ajudar a si mesmo.

106. Amar um pouco menos as pessoas porque elas o estão tratando mal ou dando um exemplo negativo de egoísmo; não distinguir a pessoa de seu comportamento.

107. Perder a fé na realidade viva da alma, a mônada, Deus e os mestres ascensionados, e na capacidade que eles têm de ajudá-lo se você perseverar e fizer sua parte.

108. Pensar que outras pessoas podem atingir a ascensão, mas não você, ou pelo menos não nesta vida.

109. Tentar atingir a ascensão para fugir dos problemas.

110. Pensar que a Terra é uma prisão, e não reconhecê-la como um dos sete céus de Deus.


RESUMO

Penso que a lista acima proporciona um bom material para reflexão. O eu inferior, os poderes do glamour, da ilusão e do maya e o ego negativo são por natureza incrivelmente traiçoeiros e ardilosos. Como disse o mestre, Yoda, nos filmes da série Guerra nas Estrelas, "Não subestime o poder do lado escuro da força". Uma vez emaranhado nele, pode ser bem difícil encontrar a saída. Manter a clareza da mente é algo que exige enorme vigilância, autodisciplina, devotamente e devastadora honestidade. Se o ego não conseguir fazer que você se sinta um subalterno, certamente tentará fazê-lo sentir-se um manda-chuva, idéia ainda mais sedutora.

Tudo o que existe no universo divino é governado por leis - físicas, emocionais, mentais e espirituais. Aprendendo a compreender essas leis e tornando-se obediente a elas você trilha o caminho da ascensão. Posso lhe assegurar que essas intuições podem ser úteis para evitar o sofrimento e aprender pela graça."

por Dr. Joshua David Stone


Paz e Luz!

domingo, 30 de maio de 2010

Tempo de morrer... Tempo de renascer!

"1 Para tudo há um tempo e um tempo de propósito debaixo do céu:
2 Tempo
de nascer, e tempo de morrer; tempo para plantar, e tempo de arrancar o que foi plantado;

3 Tempo
de matar, e tempo de curar; um tempo para demolir, e tempo de construir;

4 Tempo
de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo para dançar;

5
Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de abster-se de abraçar;

6 Tempo para procurar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;
7
Tempo de rasgar, e tempo para costurar; um tempo para calar, e tempo de falar;
8
Tempo de amar, e tempo para odiar; um tempo para a guerra, e um tempo de paz.
9
Que proveito tem o que opera na medida em que que se afadiga?

10 Tenho
visto o trabalho penoso que Deus deu aos filhos dos homens para nela se exercitarem.
11 Tudo fez formoso em seu tempo: também pôs a eternidade no seu coração, mas para que o homem não pode descobrir a obra que
Deus fez desde o princípio até o fim."
(Eclesiastes 3:1-11)

Enfim chegou o tempo de morrer no coração, mente e viver, o modo como até aqui tenho conduzido minhas reflexões, remoques e ressentimentos sobre o que vi e ouvi, li e leio, vi e vejo, presenciei e presencio no assim chamado movimento umbandista, suas conclamações, suas pessoas satélites, suas conquistas de uma nota só e seus personagens, próximos ou distantes.

Já não me importa se vão plantar bananeiras, fazer greve de fome ou atearem fogo à si próprios como forma de protesto (puxa como não pensaram nisto antes? imitar os monges budistas que assim o fizeram na Guerra do Vietnã. Isto sim é que seria dar à vida pela causa que tanto apregoam. Afinal, parece que o limite último que falta é um mártir, rsrsrsrs).

Vi isso claramente, mas não sem nenhuma dor (Obrigado Mestra!), após os dois últimos textos que escrevi. Tenho enorme necessidade sim de escrever, há muitas paisagens que vejo quando abro minha janela interior, porém após alguns acontecimentos que envolveram tanto a mim quanto Amigos Queridos, ao realizar o exercício de abanação ( jogar o café para cima na peneira para separar os grãos das folhas), vi que a mesma se encontrava vazia e veio uma sensação de esgotamento tão profundo que me assustei.

Como aprendi a fazer quando tal se sucede, me aquietei e desde jeito pude ouvir a voz interior que me guia, sua mensagem foi clara, firme e taxativa;

"Chega, acabou o tempo de estagiar por esta estrada. é hora de morrer para renasçer em novos campos. É tempo de buscar novos horizontes!"

E é isto que faço desde já, quero dizer, já comecei, isto aqui é um assim chamado texto-epitáfio para o homem velho morra e para que nasça o homem novo. Na verdade, este texto já estava sendo escrito há alguns dias, hoje é a concretização.

Meu tempo neste plano de manifestação está cada vez mais curto e demorei muito estagiando por caminhos onde mesmo tendo passado 2, 3, 5, 10 vezes, me ferindo e empobrecendo, teimosamente retornava.

Aprendi quem são os AMIGOS verdadeiros e os SIMULACROS.

Já escolhi o caminho que quero seguir com minha companheira desta encarnação, e sei o quanto quase me custou ter sido intransigente nos caminhos que teimoso retornava.

Tenho claro o meu caminho dentro do terreiro ao qual pertenço junto aos meus companheiros de caminhada.

Já perdi tempo demais não seguindo àquela mesma voz interior que tantas vezes me dizia o que fazer e eu obtuso, não ouvi.

É hora de ir, buscando colher a sabedoria que ensina Ricardo Reis (heterônimo de Fernando Pessoa);

Mestre, são plácidas

Todas as horas

Que nós perdemos.

Se no perdê-las,

Qual numa jarra,

Nós pomos flores.

Não há tristezas

Nem alegrias

Na nossa vida.

Assim saibamos,

Sábios incautos,

Não a viver,

Mas decorrê-la,

Tranquilos, plácidos,

Tendo as crianças

Por nossas mestras,

E os olhos cheios

De Natureza...

A beira-rio,

A beira-estrada,

Conforme calha,

Sempre no mesmo

Leve descanso

De estar vivendo.

O tempo passa,

Não nos diz nada.

Envelhecemos.

Saibamos, quase

Maliciosos,

Sentir-nos ir.

Não vale a pena

Fazer um gesto.

Não se resiste

Ao deus atroz

Que os próprios filhos

Devora sempre.

Colhamos flores.

Molhemos leves

As nossas mãos

Nos rios calmos,

Para aprendermos

Calma também.

Girassóis sempre

Fitando o Sol,

Da vida iremos

Tranquilos, tendo

Nem o remorso

De ter vivido.




Paz e Luz!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Quem é mesmo imprescindível no movimento umbandista?

Este texto começou a ser escrito em 19/05, intuição ou premonição? rsrsrsrs

Quase lugar comum, leio e ouço o seguinte poema de Bertold Brecht ser atribuído a alguém, quem sabe por seus esforços ou mesmo a boa propagação dos seus feitos;

"Há aqueles que lutam um dia; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda;
Porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis."


Especialmente o último trecho, "esses são os imprescindíveis". Imprescindível significa: indispensável, insubstituível, ou seja, a quem se atribui o poema e o termo, está se dizendo que sem esta pessoa, nada acontece.

Que aquilo que aquela pessoa faz, não pode ser feito por outra.

Bom, o giz está no fato de que ao elevar-se alguém a categoria de insubstituível, qualquer outro que se proponha a realizar algum trabalho,
dentro da mesma área ou semelhante, fatalmente será comparado, julgado e tratado, jogado ao limbo, com o estigma da acusação de invejoso, ressentido, aproveitador.

Obviamente, por quem designou seu eleito como imprescindível e a este aplaude.


É curioso notarmos que ouve-se tbm a frase, "há espaço prá todos", porém na prática mesmo, quem se colocou sob o guarda-sol (decorrência "natural" de quem tanto de esforçou para chegar onde chegou) e quem segura o guarda-sol (decorrência "mais natural" ainda, pois para haver quem é adorado, há que existir quem adore), dificilmente permitem que outros possam receber os raios deste mesmo Sol, tão generoso, que aquece, nutre, ilumina, mas tmb queima a todos, sem distinção...

Ouve-se muito ainda esta frase, "a opinião de todos é igualmente importante", mas após emiti-la, o que vale de verdade, é a proposta, que já estava pronta, e que apenas para não ficar muito na cara, armou-se um joguinho de fala que eu te escuto. Mas a jogada no fundo é mesmo, a "bola é minha", eu decido quem vai ou não jogar e como vai jogar. Caso contrário, pega-se a bola, dá-se um bicudo na canela de quem emitiu opinião e ainda reclama-se para a torcida que foi o outro que bateu primeiro.

E prá piorar, a torcida, que venera cegamente seu ídolo imprescindível, acredita de porteira fechada, não importando que a canela arroxeada seja a alheia.

Aproveito o texto, Será mesmo que Você é substituível?

http://www.artigonal.com/gestao-artigos/sera-mesmo-que-voce-e-substituivel-841339.html

Neste, lê-se o seguinte trecho inicial:

"
Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça:

"Ninguém é insubstituível!!!!!!!".

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.

Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta?

- Tenho sim. E o Beethoven?

- Como? - o encara o gestor confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu o Beethoven?

Silêncio."

Noutro trecho pode-se ler;

"Quem substitui Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico (até hoje o Flamengo está órfão de um Zico)?

Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis."

De fato, ninguém os substituiu (nem poderiam, existe coisa pior que os covers, os imitadores, que perdem a si próprios para serem um outro?), no entanto, eles não foram exclusivos naquilo que fizeram ou alguém coloca em dúvida o talento de Mozart, Chopin, Bach, Vinicius de Moraes, Ary Barroso, Lamartine Babo, Noel Rosa, Lupscinio Rodrigues, Niki Lauda, Manuel Fangio, Madre Teresa de Calcutá, Papa João XXIII, Chico Xavier, Tony Bennett, Nat King Cole, Chuck Berry, Muddy Waters, B. B. King, Jimmi Hendrix, Eric Clapton, Angus Young, Yamandú Costa, Guimarães Rosa, Mário de Andrade, Clarice Lispector, Coutinho, Tostão, Pepe, Nilton Santos, Ademir da Guia, Larry Bird, Michael Jordan, Oscar, Santos Dumont, Newton, Galileo, Monet, Gaudí, Goya, Fred Astaire, Al Pacino, Paulo Autran, Paulo Gracindo, etc.

Poderiam ser citados tantos nomes não é mesmo? O que por si só nos diz que cada estrela possui seu brilho próprio.

Poderá se dizer, mas não sou este ou àquele! E é verdade, não somos mesmo, "somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter" (como canta os Engenheiros do Hawaii).

Somos quem acreditamos, sonhamos, buscamos e revelamos poder ser, e podemos tanto...

Mas porque cargas d´agua ficamos esperando alguém nos dizer quem podemos ser, fazer e viver hein?

Por que duvidar e sabotar tanto a voz interior que nos chama e incentiva a retirar do involucro, as potencialidades que dormem em nós, esperando muitas vezes o gesto corajoso de rasgar a máscara (ilusoriamente protetora) e deixar vir à luz, nossa própria luz?

É certo que durante uma boa parte de nossas vidas somos e precisamos ser guiados, em especial pelos nossos pais ou por alguém mais experiente que nós mostre o caminho das pedras, digamos.

Porém, isto feito, é preciso largar das mãos dos nossos guias e seguir pelos caminhos, afinal de contas, por fim e inegavelmente, estes serão experienciados por nós mesmos, única e exclusivamente.

Como diz outro trecho do texto:

"Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar 'seus gaps'."

Repito em coro: "Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa".

Eu espero que, em especial os lideres do movimento umbandista, os dirigentes, os sacerdotes umbandistas estejam de fato estimulando seus filhos de terreiro, adeptos desta grande massa que chamamos de Povo de Santo, a serem condutores de si mesmos, descobrindo suas capacidades e talentos, na contribuição que podem dar para um mundo, uma sociedade melhor, ou ao menos, para uma comunidade umbandista menos hipócrita, subserviente, maria vai com as outras, com menos complexo de inferioridade.

E não, não vale citar as ações e discursos estimulando aos umbandistas que se mostrem ao mundo, alardeando aos quatros ventos (se possível com microfones e megafones) Sim! Sou umbandista e tenho valor!

Me parece até mesmo doentia esta necessidade de super exposição para que haja aceitação quando...

Quando as únicas palavras que sabem proferir, tal e qual gravador com defeito, são (quem sabe fazendo assim, por exaustiva repetição há que se convencer do que se alega crer...): Umbanda é paz, amor, caridade, luz, perdão, fraternidade, etc.,etc.,etc., não pense que as considero palavras e valores vazios, porém por seus comportamentos demonstram exatamente o contrário do que acreditam e dizem aprender na Umbanda.

Invariavelmente vê-se que basta uma contrariedade, uma pequenina mesmo, para que todo o discurso de paz, luz, humildade, caia por terra.

Possivelmente, não lhes foi ensinado algo que se chama olhar no espelho, pôr a mão na consciência, tomar tento, enxergar-se naquilo que o outro faz de bom ou ruim e perguntar-se: "Quanto isto que eu vejo há em mim?"

Quem sabe estejam repetindo apenas e tão somente o que "seu-mestre- mandou" lhes ensinou como adestramento, lição e exemplo.

Porém agindo assim, como se tornar único, autêntico na beleza e profundidade de estar vivendo e fazendo o que se gosta e pelo qual se trabalhou para que o dom do talento seja fonte de alegria, brilho e alento para outros?

Para os que conhecem e repetem só aquele poema de Brecht citado no começo, trago este outro, quem sabe, a partir da leitura e reflexão deste, já não olhem como antes para os "bezerros de ouro".

Quem sabe... Quem sabe os adeptos do Povo de Santo, façam como o trabalhador que lê do poema. Quem sabe...

Ps: Agradeço imensamente as alunas que montaram esta apresentação que achei no youtube, simplesmente perfeita!


Paz e Luz!


sábado, 22 de maio de 2010

Umbanda sem medo, em especial de olhar-se no espelho da consciência!

Por que o que muitos ainda não entenderam e se recusam mesmo a fazê-lo é que, por SEUS COMPORTAMENTOS, demonstram inequivocamente, por mais que tentem disfarçar, dissimular, falando em Amor de Oxalá, Humildade de Preto Velho, Perdão de Caboclo, Luz dos Orixás, Caridade como a Lei Maior, (mas ficam só falando mesmo), o que verdadeiramente a Umbanda, ou a doutrina/filosofia/religião/fé, que abraçam ou creem, lhes ensina.

Esquecem especialmente, a grande lição que os mensageiros da Umbanda não cansam de ditar e exemplificar, o exercício diário de olhar-se no espelho da própria consciência e pesar, fui coerente com o que digo crer e viver?

Mas pensemos, se tal crença é por si mesma um simulacro, já que o discurso não se coaduna com a prática, como chamar alguém de verdadeiro umbandista, ou qualquer outra opção doutrinária/filosófica/religiosa?

De minha parte confesso que estou cansado até os ossos destes que não sei exatamente como designar, mas peço emprestado as palavras de Jesus;

"Ou fazei a árvore boa, e o seu fruto bom, ou fazei a árvore má, e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore.


Raça de Víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca

O homem bom tira boas coisas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más.


Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo.

Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado.".(Mateus, 12:33-37)


RAÇA DE VÍBORAS

Existem pessoas que se confundem ao meio em que vivem a tal ponto que perdem a própria identidade. É a esse tipo de criaturas que Jesus chama
raça de víboras.

Pelo mimetismo, capacidade que certos animais possuem de tomarem a cor e a configuração dos objetos em cujo meio habitam, a víbora se confunde, por assim dizer, ao meio, tornando difícil a sua localização.

Muitos de nós, em situações adversas, preferimos nos deixar confundir com o meio do que sermos taxados de piegas ou moralistas indesejáveis.

Se estamos no meio dos corruptos, aplaudimos a corrupção.

Se nos encontramos entre os viciados, apoiamos o vício.

Se estamos com os sexólatras, louvamos a sexolatria.

Se estamos rodeados por pessoas honestas e dignas, enaltecemos a honestidade e a dignidade.

Falta-nos a coragem moral para nos posicionarmos de conformidade com a nossa consciência, independente do meio em que nos achemos.

Como cristãos, sabemos qual é a postura correta, mas preferimos nos deixar levar pela maioria pensando enganar a própria consciência. Esquecemos a recomendação do Homem de Nazaré: "Seja o seu falar sim, sim, não, não.”

"Todo mundo faz"!
Este é o argumento com o qual alguns de nós tentamos justificar os atos indignos.

No momento em que Jesus se refere aos fariseus como raça de víboras, enfatiza também que todo pecado ou blasfêmia nos serão perdoados, exceto os cometidos contra o Espírito, contra a consciência.

O que o Cristo quis dizer é que os equívocos cometidos por ignorância, não serão contabilizados pelas Leis Maiores como infração, mas como tentativa mal sucedida.

Mas as infrações cometidas com conhecimento de causa, ou seja, contra a consciência, essas não serão perdoadas, e o infrator responderá por elas diante das Leis que regem a vida.

Assim, a desculpa de que todo mundo faz, não nos isentará da responsabilidade pessoal, pois a cada um será dado conforme suas obras, e não conforme as obras da maioria, pois o mérito ou demérito são individuais e intransferíveis.

Dessa forma, por mais que tentemos nos confundir com o todo ou com a maioria, não impediremos que as Leis Divinas nos localizem e registrem as nossas mais secretas intenções.

Deixemos o mimetismo para os animais e tomemos a postura cristã onde quer que estejamos, sem receio.

Sejamos firmes em nossas decisões nobres, sem nos preocuparmos em agradar as massas, mas com a única preocupação de agradar a Deus.

Allan Kardec, ao codificar a Doutrina Espírita, teve oportunidade de perguntar aos Espíritos:

“Por que, no Mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons?”


Os benfeitores responderam:

"Por fraqueza destes. Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, preponderarão."

Esta e outras tantas questões estão em O livro dos espíritos.

Aproveite para conhecê-lo, neste ano em que completa 150 anos de esclarecimento e consolo.

Redação do Momento Espírita com base na pergunta 932
de O livro dos espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb e no
Evangelho de Mateus 12:34.


http://www.momento.com.br/exibe_texto.php?id=540


Eu que sou um estudante espiritual, estagiando na Umbanda nesta encadernação, não sou besta de desperdiçar tão vasto e profundo manancial de conhecimento como é a Doutrina Espirita, Baghavad Ghita, Torá, Tao Te King, Vedas e mais um tanto.

E menos ainda, do que ensina a Umbanda, através dos Amigos Espirituais que nos assistem.


Não sou modelo ou exemplo de nada ou coisa qualquer, mas ao menos, senão pela coerência com o que vivo como Umbanda, há uma herança maior que meu pai carnal me deixou, vergonha na cara!

E ai, como me queima a face quando me pego sendo incoerente...

Mas isto é o que me serve não é mesmo?

Paz e Luz!




terça-feira, 11 de maio de 2010

Quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça!

O Querido Amigo e Mestre Jesus sabia mesmo o que dizia quando exortou: “Quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça” (Mateus, 13, 9).

Há tanto tempo se ouve dizer sobre o prq disto ou daquilo que o Sr. Zélio de Moares e o Sr. Caboclo das Sete Encruzilhadas quiseram dizer ou deram a entender ou deixaram em aberto, que por conta do disse-me-disse e do não foi bem isso ou ainda não impôs nada, foram sendo criadas ao bel prazer teorias e adequações ao gosto do freguês.

Sem deixar é claro, de incensar os dois principais arautos da Aumbanda... e claro tbm, sem deixar de mencionar que as visões, a partir do foi assim que entendi, eram ou são evoluções...

Mas como já anunciado há tempos e particularmente aguardado por mim como a passagem do Mar Vermelho, as audições das fitas digitalizadas com as entrevistas feitas com o Sr. Zélio de Moraes e Sr. Caboclo das Sete Encruzilhadas começam a revelar, pela própria voz ou seja por quem vivenciou os fatos, quem foi agente ativo da própria história da Umbanda, o que de verdade disse e não o que quis dizer ou seja não mandou recado.

Sugiro, reforço e conclamo a quem de fato se interessa pelo estudo da história da Umbanda, seus princípios e doutrina a conhecer o trabalho feito por Pedro Kristki e Renato Guimarães em;

REGISTROS DE UMBANDA

http://registrosdeumbanda.wordpress.com/


Importante! Não vá lá conhecer se vc é daqueles que se recusam a refletir e analisar suas próprias convicções ao se defrontar com informações que abalem ou venham abalar seu mundo tão quadradinho (a sua "umbandinha") e que custou tanto prá deixar assim.

Pílulas de incomodação encontradas lá:

“-(…) o chefe acha que espiritismo não é pra perder tempo, que o espírito baixa, é pra fazer caridade, ou pra ensinar, o chefe não sai daí, ou pra ensinar, ou pra fazer caridade…”

-”Bater tambor para fazer bonito, escutar e todo mundo…não é pra nossa Umbanda, espírito não perde tempo, quando baixa é pra fazer caridade, o Chefe não aceita e eu não saio fora do chefe...”

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a política da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade e de Zélio de Moraes de não usar atabaques e qualquer outro tipo de instrumento musical em seus rituais de Umbanda, em nada tem a ver com possíveis crises de labirintite do dirigente desta casa, ou ainda, pela repressão policial existente na época da fundação da TENSP…, e sim por motivos doutrinários, ensinados pelo próprio Caboclo das Sete Encruzilhadas, onde se entende que o uso de atabaques, tambores e demais instrumentos geram um ambiente pernicioso à concentração e diciplina exigida para o desenvolvimento dos médiuns e da execução dos trabalhos."

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Sabemos que o primeiro nome da nova religião, Alabanda, foi uma homenagem feita pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas a Orixá Mallet, que em sua última encarnação havia sido malaio e muçulmano: Alá é um aportuguesamento da expressão árabe al-Lah, cujo significado é “O Deus” e é dessa forma que os muçulmanos referem-se a Deus em suas preces. (ERRATA: a expressão “Sabemos” fica meio forte aqui, é melhor ser substituída por: “Supomos, com razoável nível de certeza,”)"


Para quem quiser adquirir as fitas digitalizadas;

Fitas de Zélio de Moraes

http://wwwcasabrancadeoxala.blogspot.com/2009/06/fitas-de-zelio-de-moraes.html


Quanto mais se olha para o futuro e a assim chamada evolução no meio umbandista, mas se volta os olhos e o coração para o que não foi até agora compreendido, assimilado e aceito.

Mas que volta e meia está sempre nos discursos e exortações para a comunidade umbandista; Viva Zélio de Moraes, o fundador da Umbanda! (e no fundo pensa: Qual o quê, como seguir uma orientação que diz que não pode cobrar, não pode bater tambor, não pode fazer sacrifício e ainda tem que fazer caridade!!!!!)

Isso se contarmos se de fato sabem quem foi Zélio de Moares...

A Umbanda é uma árvore frondosa, que está sempre a dar frutos a quem souber e merecer colhê-los. Caboclo das Sete Encruzilhadas


Paz e Luz!