Olá! Após ter recebido a informação da agressão sofrida pelo sacerdote umbandista bauruense Ricardo Barreira, noticiada neste blog, na segunda feira última, 23/03, pudemos verificar a quantas anda a tragicomédia da intolerância religiosa, senão na cidade de Bauru, mas certamente como uma boa demonstração do restante do estado de SP ou quiçá no país.
Em seu blog, o sacerdote informa o que ocorreu, a "graçola" de um pastor neo-protestante (que agiu sem dúvida baseado no direito da liberdade de expressão e tbm em várias passagens bíblicas, quer dizer, pelo vídeo quero crer que ele as conheça de fato) e qual atitude Ricardo Barreira procedeu (baseado no dever de preservar à própria liberdade de crença, sua e de tantos outros).
Aos que assistirem o pequeno vídeo feito de um celular, poderão averiguar como o pastor vai de bagre ensaboado a orador inflamado tal e qual um papagaio muito mal treinado (lembremos que em boa parte das piadas, o papagaio sempre procura de se safar...).
Ao assistir o vídeo não pude deixar de recordar as recomendações feitas pelo Dr. Hédio Silva quando do 1º Curso Direitos e Deveres das Religiões Afro Brasileiras em agosto de 2007 em Bauru. Recordei-me também do grande interesse dos presentes quando os tópicos abordados foram isenção de impostos ou aposentadoria como ministro religioso. Não que sejam assuntos que devessem não ser focados com o devido interesse.
Mas ainda guardo a impressão, desde o curso, de que para assuntos que tenham alguma aura de vantagem, a motivação é pulsante, porém quando se trata de conhecer, estudar, observar e fazer observar direitos e deveres a motivação já não é a mesma.
Afinal de contas, tem que arrumar testemunhas, ir até a delegacia, fazer o boletim, saber qual é a lei (afinal o escrivão pode querer enquadrar noutra ou talvez seja evangélico), depois arrumar advogado e levar em frente algo que afinal não foi tão grave assim não é?
Tudo isso só prá preservar o nosso direito de acreditar e viver conforme nossa religião? Ah! dá muito trabalho....
Nem vou comentar a grande motivação dos umbandistas em receitas prá isso, prá aquilo, a "estória" do caboclo tal, preto velho beltrano e exu sicrano então....
Será que o epísodio que é isolado, esporádico ou uma excessão?
Ou será que os muitos outros não são registrados, por comodismo, por descrédito nas leis ou mesmo por ingenuidade (afinal, deixemos a lei de retorno tomar conta...)?
Ou mesmo acabem servindo como uma auto-crítica mal digerida num relapso de indignação que passa tão rápido quanto um anti-ácido num copo d´agua?
Fiz sugestão em comentário de que o ocorrido serve de mote para mais uma campanha de conscientização do Povo de Santo, já que pelo jeito que as coisas andam, além de nos garantirmos andando em grupo, precisamos também estar munidos de bons celulares com gravação de vídeo ou filmadoras, câmeras fotográficas mesmo.
Será que falta muito para estarmos armados também? Imagino grupos de umbandistas andando com seus garfos de Exu, bengalas de Preto Velhos e alegando liberdade religiosa.
Eis alguns slogans;
"Guia no pescoço, Camiseta no peito e uma afronta à mão. Intolerância Religiosa, não deixe de registrar esta tragicomédia!"
"Intolerância Religiosa, no microfone mais próximo de vc!"
"Intolerância Religiosa, não é o Espírito Santo que fala esta língua!"
"E o B.O. de intolerância religiosa vai para......"
Fica a sugestão para quem com mais talento do que eu para bolar algo mais atrativo.
Mas fica igualmente o alerta para que estejamos atentos, pois se fosse o contrário, tenhamos a certeza de que o pastor além de brandir sua Bíblia numa mão, na outra o celular já teria acionado o 190 e seu advogado.
A VELHA E CONHECIDA INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
http://ricardobarreira.blogspot.com/2009/03/velha-e-conhecida-intolerancia.html
Paz e Luz!
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