http://www.revista.agulha.nom.br/fp207.html
É bem possível que nos últimos dias, diante de acontecimentos vários que me trouxeram algum esgotamento físico e espiritual, somente agora é que ao pensar sobre é que me dei conta do quanto estive doente ou quem sabe são....
Entre tantas coisas que o coração e a cabeça tentaram traduzir (e lembremos que há um antigo ditado na Itália que afirma ser o tradutor um traidor (Traduttore, Traditore), quantas coisas me escaparam por não estar ou ter capacidade de enxergar plenamente o que se apresentava. "O pior cego é o que pensa ver!"
Uma palavra porém me marcou, pois a mesma afeta não só a minha pessoa, mas a outras com quem convivo e amo e respeito, pois em comum temos uma enorme disposição em colaborar sem esperar medalhas, títulos, honrarias, elogios, aplausos. A palavra é INVEJA.
De outro modo, enquanto meditava sobre tudo isto, me saltou ao pensamento uma outra amarga lembrança ou será constatação? As inúmeras vezes em que dediquei um sincero amor fraterno e fui traído onde o que mais pedi era e é tão somente a mesma transparência e fraternidade. Minha esposa e família, em tom de pilhéria, mas com um quezinho de tristeza tbm, me dizem que só pode ser sina, pois não é possível eu conseguir trazer (quase sempre) para perto pessoas que são simulacros de amigos.
Contrariando ordens médicas, resolvi passear na rede á procura de textos deste que é um autores que amo, Rubem Alves e como a Vida é sempre muito mais generosa comigo, além dele, encontrei outro texto , tão profundo quanto e que diz o que quero dizer.
Eu sei que preciso aprender a ser o meu melhor amigo, afinal é comigo que estarei vajando pela eternidade da Vida, sei tbm que tenho Amigos Espirituais que me amam, torçem por mim, trabalham o quanto podem prá me ajudar a enxergar, mas sinto falta, de verdade, de fazer e ter amigos neste plano, mas está tão difícil...
Em especial, permitam-me situar, na Umbanda... Na verdade, parece-me que é este o grande mal que fomenta a quebra de equílibrio / corrente / vibração de boas Casas / Tendas / Terreiros. Abençoada seja a Casa onde todos possam se olhar frente a frente e com transparência e alegria poder dizer: "Amigo, me perdoe, pois errei!" e o outro de coração limpo:"Que isso! Estamos aqui para isso mesmo, aprender a cair e levantar juntos!"
Somos todos aprendizes, desde o sujeito que está à frente de um Congá / Pulpito / Altar até o último da Corrente Mediúnica / Cadeira. E tudo o que possuímos e chamamos de conhecimento nada mais são que palpites... "Pensar é estar doente dos olhos!"
Por isso, aos poucos e leais AMIGOS; Espirituais, reais e virtuais, carinhosos ou ranzinzas, sacanas ou delicados, de todo o coração;
LOUVADO SEJA O TEU AMOR FRATERNO!
Procuram-se Amigos
Por Ricardo Gondimhttp://metanoia7.wordpress.com/2007/09/03/procuram-se-amigos/
Quando eu era menino, mamãe me aconselhava a tomar cuidado com os meus amigos. Depois, quando cresci mais, papai repetiu para mim o surrado provérbio: “Dize-me com quem andas e te direi quem és”. Não consigo avaliar se consegui obedecê-los, mas, por outros motivos, troco de amigos.
Cheguei à meia idade bem decepcionado com a palavra Amizade. Como reluto para não tornar-me cético, busco andar ao lado de verdadeiros amigos; porém, isso não é fácil.
Mas mesmo com tantas decepções insisto em garimpar bons amigos.
Quero ser amigo de quem valorize a lealdade. Mesmo depois que ditadura militar soltou meu pai, o estigma de “subversivo” grudou-se nele. Um dia papai me contou, com lágrimas nos olhos, que seus antigos colegas da Aeronáutica desciam a calçada para não se verem obrigados a lhe cumprimentarem publicamente. Ainda guardo esse trauma e, sinceramente, não consigo lidar com amizades que só se mantêm por causa de conveniências, qualquer uma. Quero acreditar em amizades que não se intimidam com censuras, que não retrocedem diante do perigo e que não abandonam na hora do apedrejamento. Amigos não desertam.
Quero ser amigo de quem eu não precise me proteger e que não tenha medo de mim. Não creio em companheirismos repletos de suspeitas. Os grandes amigos são vulneráveis. Conversam sem se policiar, rasgam a alma e sabem que seus segredos jamais serão lançados em rosto ou expostos publicamente.
Quero ser amigo de quem não se melindra facilmente. Por mais que tente, continuo tosco; magôo com meus silêncios, com minha introspecção e, muitas vezes, com meus comentários ácidos e impensados. Portanto, preciso de amigos que tolerem minhas heresias, minhas hesitações e meus pecados. Busco amizades que agüentem o baque das minhas inadequações; que sejam teimosos.
Quero ser amigo e não um mero cúmplice de vocação. Já preguei em algumas igrejas que, depois que o pastor me deixou na calçada do aeroporto, nunca mais tive notícias dele ou de sua igreja. Não vou mais colocar meu nome em conferências e congressos que me dêem prestígio ou que eu só sirva para reforçar a programação.
Não tolero manifestações artificiais de coleguismo restritas a cultos festivos. Para mim, nada é mais ridículo do que proclamar que somos uma “só família” em Cristo, para depois sair criticando uns aos outros com farpas venenosas.
Quero ser amigo de quem não contenta em re-encaminhar mensagens re-encaminhadas de power-point. Também não gosto de cartões de aniversário com frases prontas e com obviedades.
Acredito que os verdadeiros amigos têm o que repartir e que sentem necessidade de expressar seus sentimentos, suas dúvidas e principalmente seus medos e desesperos. Amizades superficiais são mais danosas para o espírito do que inimizades explícitas.
Quero ser amigo de quem não é muito certinho. Não tolero conviver com quem nunca tropeça nos próprios cadarços.
Vez por outra, gosto de relaxar, rir do passado, sonhar maluquices para o futuro e conversar trivialidades. Quero amigos que se deliciem em ouvir uma mesma música duas vezes para perceber a riqueza da letra; de comentar o filme que acabaram de assistir e o último livro que leram. Como é bom chorar com poesia!
Quero terminar meus dias e poder dizer que, mesmo descrendo das ideologias, dos sistemas econômicos e das instituições religiosas, cri em verdadeiras amizades porque tive bons amigos.
Até porque Deus não só ama, como também nos chamou de amigos.
SOBRE A INVEJA
http://abrigodossabios-paulo.blogspot.com/2007/11/inveja-comea-nos-olhos.html
Paz e Luz!
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