sábado, 22 de maio de 2010

Umbanda sem medo, em especial de olhar-se no espelho da consciência!

Por que o que muitos ainda não entenderam e se recusam mesmo a fazê-lo é que, por SEUS COMPORTAMENTOS, demonstram inequivocamente, por mais que tentem disfarçar, dissimular, falando em Amor de Oxalá, Humildade de Preto Velho, Perdão de Caboclo, Luz dos Orixás, Caridade como a Lei Maior, (mas ficam só falando mesmo), o que verdadeiramente a Umbanda, ou a doutrina/filosofia/religião/fé, que abraçam ou creem, lhes ensina.

Esquecem especialmente, a grande lição que os mensageiros da Umbanda não cansam de ditar e exemplificar, o exercício diário de olhar-se no espelho da própria consciência e pesar, fui coerente com o que digo crer e viver?

Mas pensemos, se tal crença é por si mesma um simulacro, já que o discurso não se coaduna com a prática, como chamar alguém de verdadeiro umbandista, ou qualquer outra opção doutrinária/filosófica/religiosa?

De minha parte confesso que estou cansado até os ossos destes que não sei exatamente como designar, mas peço emprestado as palavras de Jesus;

"Ou fazei a árvore boa, e o seu fruto bom, ou fazei a árvore má, e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore.


Raça de Víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca

O homem bom tira boas coisas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más.


Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo.

Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado.".(Mateus, 12:33-37)


RAÇA DE VÍBORAS

Existem pessoas que se confundem ao meio em que vivem a tal ponto que perdem a própria identidade. É a esse tipo de criaturas que Jesus chama
raça de víboras.

Pelo mimetismo, capacidade que certos animais possuem de tomarem a cor e a configuração dos objetos em cujo meio habitam, a víbora se confunde, por assim dizer, ao meio, tornando difícil a sua localização.

Muitos de nós, em situações adversas, preferimos nos deixar confundir com o meio do que sermos taxados de piegas ou moralistas indesejáveis.

Se estamos no meio dos corruptos, aplaudimos a corrupção.

Se nos encontramos entre os viciados, apoiamos o vício.

Se estamos com os sexólatras, louvamos a sexolatria.

Se estamos rodeados por pessoas honestas e dignas, enaltecemos a honestidade e a dignidade.

Falta-nos a coragem moral para nos posicionarmos de conformidade com a nossa consciência, independente do meio em que nos achemos.

Como cristãos, sabemos qual é a postura correta, mas preferimos nos deixar levar pela maioria pensando enganar a própria consciência. Esquecemos a recomendação do Homem de Nazaré: "Seja o seu falar sim, sim, não, não.”

"Todo mundo faz"!
Este é o argumento com o qual alguns de nós tentamos justificar os atos indignos.

No momento em que Jesus se refere aos fariseus como raça de víboras, enfatiza também que todo pecado ou blasfêmia nos serão perdoados, exceto os cometidos contra o Espírito, contra a consciência.

O que o Cristo quis dizer é que os equívocos cometidos por ignorância, não serão contabilizados pelas Leis Maiores como infração, mas como tentativa mal sucedida.

Mas as infrações cometidas com conhecimento de causa, ou seja, contra a consciência, essas não serão perdoadas, e o infrator responderá por elas diante das Leis que regem a vida.

Assim, a desculpa de que todo mundo faz, não nos isentará da responsabilidade pessoal, pois a cada um será dado conforme suas obras, e não conforme as obras da maioria, pois o mérito ou demérito são individuais e intransferíveis.

Dessa forma, por mais que tentemos nos confundir com o todo ou com a maioria, não impediremos que as Leis Divinas nos localizem e registrem as nossas mais secretas intenções.

Deixemos o mimetismo para os animais e tomemos a postura cristã onde quer que estejamos, sem receio.

Sejamos firmes em nossas decisões nobres, sem nos preocuparmos em agradar as massas, mas com a única preocupação de agradar a Deus.

Allan Kardec, ao codificar a Doutrina Espírita, teve oportunidade de perguntar aos Espíritos:

“Por que, no Mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons?”


Os benfeitores responderam:

"Por fraqueza destes. Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, preponderarão."

Esta e outras tantas questões estão em O livro dos espíritos.

Aproveite para conhecê-lo, neste ano em que completa 150 anos de esclarecimento e consolo.

Redação do Momento Espírita com base na pergunta 932
de O livro dos espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb e no
Evangelho de Mateus 12:34.


http://www.momento.com.br/exibe_texto.php?id=540


Eu que sou um estudante espiritual, estagiando na Umbanda nesta encadernação, não sou besta de desperdiçar tão vasto e profundo manancial de conhecimento como é a Doutrina Espirita, Baghavad Ghita, Torá, Tao Te King, Vedas e mais um tanto.

E menos ainda, do que ensina a Umbanda, através dos Amigos Espirituais que nos assistem.


Não sou modelo ou exemplo de nada ou coisa qualquer, mas ao menos, senão pela coerência com o que vivo como Umbanda, há uma herança maior que meu pai carnal me deixou, vergonha na cara!

E ai, como me queima a face quando me pego sendo incoerente...

Mas isto é o que me serve não é mesmo?

Paz e Luz!




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