Muitas vezes, com medo de ficar só, mantemos relações já desgastadas, nas quais o prazer foi esquecido há tanto tempo que nem nos lembramos mais. Carregamos nas costas o peso do comodismo, fechando os olhos para novas oportunidades.
Quantas relações assim você mantém em sua vida, com medo do novo?
Falta de compreensão, de companheirismo, de diálogo, de respeito e de confiança são fatores que realmente podem acabar com um amor. Conforme o tempo passa, a sensação é de que tudo que já existiu está acabando. Como se os tons de uma tela perdessem as cores fortes, por acúmulo de poeira ou exposição ao sol. Pura falta de cuidado.
Ser feliz ou ter razão?
Muitos casais permanecem juntos, mas não se sentem satisfeitos. Acabam reclamando com frequência das decepções causadas por brigas, discussões e desconfianças.
Situações mal resolvidas são realmente difíceis, mas costumo dizer que nada é impossível nesta vida. Se desejarmos com o nosso coração, acabamos realizando as mudanças mais inusitadas.
Arriscar na própria transformação, é a única maneira de realmente tentar reinventar uma relação de amor.
Quando mergulhamos nas nossas fraquezas, sempre acabamos por descobrir a intransigência, orgulho, prepotência e o próprio desgaste pessoal. A falta de amor próprio, a desonestidade consigo mesmo. Quando procuramos uma válvula de escape num outro relacionamento para preencher o vazio interno, na maior parte das vezes estamos com muita vontade de ter razão e pouca vontade de ser feliz.
Se um dos envolvidos realmente decide assumir suas próprias dificuldades e elimina o hábito de apontar o outro como a causa absoluta de seus desagrados, o amor tem grande chance de reviver.
Olhe para dentro
Desista de achar que o outro é sempre culpado. Procure nas suas atitudes as mudanças necessárias, na sincera busca da relação que deseja. Você nunca vai conseguir mudar realmente o outro se não mudar a si mesmo primeiro.
O maior problema dos relacionamentos é que esquecemos o quanto amadurecemos, crescemos, mudamos com o tempo. Devemos caminhar juntos, lado a lado, conforme nosso próprio desenvolvimento. Jamais teremos os mesmos sentimentos do inicio, até porque não somos mais os mesmos. Mas podemos alimentar com carinho todas as diferentes fases de nossas vidas juntos. Transformando todos os dias em um novo recomeçar.
Permitir-se ser dependente de outra pessoa é a pior coisa que podemos fazer a nós mesmos. Se você está à espera que alguém o faça feliz, ficará interminavelmente desiludido.
Dê uma chance ao amor
A felicidade não mora no exterior, mas no seu interior. Todos dependemos unicamente de nós mesmos para nos satisfazermos. Depositar no outro esta responsabilidade é desonesto com você e com a outra pessoa também.
O sofrimento é a maneira mais segura de romper uma relação de amor, desperdiçando tempo.
Todo casal que decide se reconquistar acaba reencontrando e fortalecendo ainda mais o respeito, a admiração, a amizade e o amor.
Desista das velhas frases, reveja seus comportamentos, pensamentos e atitudes. Dê uma chance para vocês. Quando um se modifica, inevitavelmente o outro tende a mudar também. Com os dois conscientes e com vontade de investir nos anos de convivência, um novo e forte sentimento pode queimar em seus corações.
Mas se já esta cansado e acredita que não tem mais jeito, não adianta insistir. Neste caso, encha seu coração de coragem, de amor por você e pelo outro, pegue em suas mãos sua vida e seja feliz mesmo assim.
Não de acomode nunca, a vida passa rápido. Sei que não é fácil, longe disso.
Afinal reconhecer nossas fraquezas é muitas vezes dolorido. Mas vale muito a pena. Com a lição já aprendida, num próximo momento você pode se dar a oportunidade de fazer tudo diferente, mesmo que seja nesta antiga relação desgastada.
Seria bom que nós entendêssemos que todos os relacionamentos se fazem com cuidados, carinhos, respeito, amizade, atenção, abraços, transparência, elogios e muitos beijos. Devemos construir as relações sobre as qualidades.
Jamais acusar.
Sempre falar só sobre o que e como nos sentimos. Só desta maneira teremos certeza da verdade, pois só temos condições de falarmos com certeza de nós mesmos, nunca do outro.
Aquele que se preocupa em achar os erros do outro não tem tempo para o amor.
Seja feliz !
Enquanto transcrevia o texto de minha amiga Regina Papassoni, recebido ontem, véspera de uma das datas comemorativas mais bonitas, assim penso, pois o que se busca é celebrar o amor, mesmo que na expressão paixão (não, não vou filosofar sobre isso é isso e aquilo é aquilo, rsrsrs), mesmo que na expressão eros...
existe um outro lado, ah! sempre tem um outro lado não é mesmo caipira perdigueiro duma figa?
Me veio à mente, este roçado agreste de onde saem por vezes, belas bagas de trigo prá um dia se transformarem em pão e por outras, saem também arrastões de tiririca e urtigas, algumas paisagens...
Dia dos namorados para muitos será a celebração do encontro do amor, para outros será a celebração da perda de algum amor e para muitos, não tenho dúvida disso, será a celebração de não ter nem encontrado nem perdido algum amor e isto será considerado como o atestado de que esta pessoa está fadada a sina cruel de não merecer ser amada.
E assim crendo, deixam de ter a atitude fundamental para que o encontro do Amor seja um encontro entre duas afluentes que desejam formar um longo e corajoso rio em direção ao mar maior. Pois para se dar amor é preciso tê-lo ao menos potencialmente estimulado, desejado, desenvolvido EM SI E A PARTIR DE SI MESMO, senão, como desejar ao outro o que não é conhecido?
Ah o Amor! Este pássaro pousado no dedo e que a qualquer momento pode sair voando, e saiba, ele irá voar! Inútil é querer se assegurar de que isto não aconteça, prendendo-o com gaiolas (certidões, alianças, promessas, filhos, negócios, pactos, amarrações), pois que abrindo suas asas e voando, é que o Amor se fará especial para quem ama e saberá estender a mão para que seu pouso seja tranquilo e acolhedor (lições aprendidas do Mestre Rubem Alves).
Cantemos o Amor! Recitemos o Amor! Doemos o Amor! Expressemos o Amor!
Para quem seja ou não namorado, sejamos nós os enamorados do AMOR.
Mas essencialmente AMEMOS!
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