domingo, 13 de junho de 2010

Pálido Ponto Azul... como nóis se acha!

Olá! Talvez seja a meia-idade, talvez o mode de picar o fumo que mudei, talvez seja a mania besta de ruminar, talvez seja a perda das ilusões que levam este caipira (ou este pretenso caipira, doido por arrumar um pedaço de chão pra mode de plantar e levantar um terreiro de chão de terra), que me levam a enxergar em cada manhã luminosa, como a que vivo neste momento que escrevo, que a maior de todas as ilusões é crer que aquilo que vemos é o que é o real.

Conversávamos este dias, eu e o Cláudio, sobre o que escrevem e falam de Umbanda (um dos nossos assuntos preferido, além de trocarmos receitas de phármacias sobre isto e aquilo), entre outros, e quem sabe quando nós começarmos a conversar sobre Física Espacial nós estaremos ficando mais leves, animados e esperançosos. Isto até o João Carlos aparecer e botar água no nosso chopp, com o seu dedinho fazendo: "Nananinão, não é bem assim!" rsrsrsrsrsrsrs

A perda desta ilusão, crer que aquilo que vemos é o que é real, não nos torna céticos, nem amargos e nem mesmo azedos. Talvez o certo seria dizer, não deveria muito, o que ocorre por vezes.

Mas sim lúcidos ou lucidamente poetas-buscadores (hum... acho que fui redundante), pois que estes são os que atravessam os pesados véus de barro que cobrem os olhos humanos para o que é sim, real.

Falo aqui da diferença entre o que é crença e o que é convicção...

Lembram da música do Raul Seixas, Eu nasci há 10 mil anos atrás, onde o personagem central, diz ter visto, lido, ou seja presenciado todos aqueles acontecimentos?

Pois então, não é de se perguntar, se o que estão a psicografar, atestar, descrever, publicar, é verdadeiramente nascido da convicção de ter visto, sentido, presenciado ou de mera crença: eu assim aprendi, assim faço e é assim que creio?

E qual é a diferença? Bão, logo abaixo, veja o que diz um cético sobre as "convicções" dos homens sobre sua enoooooorme importância, advindas de suas crenças.

Pálido ponto azul (Carl Sagan)




E leia também o poema de um filósofo, místico e sonhador, o Sol da índia, que por caminhos outros, diz também
sobre as "crenças" dos homens sobre sua enoooooorme importância, advindas de suas convicções.

"Assim é que a tua alegria em mim é tão completa.
Assim é que desceste ao meu encontro.
Tu, Senhor de todos os céus,
onde estaria o teu amor se eu não existisse?


Tu me tornaste herdeiro de todo esse tesouro.
No meu coração está o jogo sem fim do teu prazer, e a tua vontade
sempre vai dando forma à minha vida.

E, por isso, tu que é o Rei dos reis,
tu te revestiste de beleza para seduzir o meu coração.
E por isso o seu amor se perde a si mesmo no amor do teu amante,
e então és visto na união perfeita de dois"

Rabindranath Tagore - Gitanjali - tradução Ivo Storniolo


Depois, permita-se perguntar;

Neste pálido ponto azul, o caminho que escolhi seguir me faz conhecer o meu real valor, ou me faz crer, que sou um grão de areia muito do imprescindível?


Ah! Antes que pensem que estou depressivo, macambúzio, melancólico, desanimado, murcho, garanto que há muito não me sentia tão inspirado e feliz, tal e qual o sol que toca minha casa, o quintal e minha vida.

"
Here comes the sun, here comes the sun, and I say it's all right...
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes..."

George Harrison, The Beatles



Paz e Luz!

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