Olá! - olá! olá! olà!, resposta do eco aos textos que aqui disponibilizo e as bobagens que escrevo, rsrsrsrsrsrsrs. Perdoem mas não resisti ao graçejo - Ontem pretendia postar o último ou o assim pretenso texto na série comemorativa a data de surgimento da Umbanda através do Sr. Caboclo das Sete Encruzilhadas no plano terreno.
Até pesquisei textos do Sr. Benjamim Figueiredo / Sr. Caboclo Mirim, Sr. Roger Feraudy, Sr. Matta e Silva / Pai Guiné, mas quando estava diante da tela e olhei para a estante onde este se encontra, vi a foto de minha avó Sra. Angelina da Cruz da Silva, conhecida como Mãe Mina, manifestando seu Guia de frente o Sr. Caboclo Rompe Mato.
Aí danou-se tudo! Evitar as lágrimas foi impossível, pela alegria, saudade, emoção e respeito e o insight acendeu na mente :
"Sim é louvável citar e referendar-se nos nomes luminosos dos que se arrojaram como pontas de lanças, mas e os que fizeram sua parte fervorosa, confiante e humildemente e nunca terão seus nomes conhecidos ou destacados nos discursos e livros do mundo, mas que no Livro da Vida, Àquele que sabe e é o único que pode pesar o que vai nos corações conhece?"
Então me lembrei de tanta gente de minha infância, alguns que não lembro o nome inclusive, benzedores, senhoras e senhores pobres, simples, vivendo em casas caindo aos pedaços ou muito muito humildes.
Lembrei de uma senhorinha que ia no terreiro de minha avó e ficava sentada num banquinho, terço de lágrimas-de-nossa-senhora nas mãos rezando, rezando, rezando sem fim, até que um dia perguntaram ao Sr. Caboclo Rompe Mato se tinha prq dela ficar ali rezando e sua resposta foi:
"Se não fosse pela fé e as rezas daquela mulher, muitos ali não saberiam de quantos males teriam se livrado".
Vc acha que ela estava preocupada em ter sua foto pendurada em alguma parede de federação como decano de um tempo que passou?
Lembrei das cartas que minha avó recebia de gente de longe, agradecendo pelas curas, pelas orações, pelo carinho e respeito com que foram tratados no terreiro, por fatos que muitos hoje poderiam considerar extraordinários, mas quem tem contato com gente da antiga sabe perfeitamente que aconteciam (e talvez motive estes mesmos mudernos a tentarem copiar, causar impacto é importante não é mesmo? Senão com vão dizer que ali têm força, axé, luz...).
Lembrei de outras pessoas que exerçem algo que nem sabem que se chama mediunidade, mas que com entrega e amor à Jesus deixam um tal índio, híndu, preto-velho realizarem seu trabalho de caridade através de um benzimento com copo dágua, um galhinho de arruda e uma vela branca acesa, e sem espanto um quadro com a foto do Dr. Bezerra de Menezes.
Vc acha que eles estão preocupados em discutir sincretismo?
Lembrei da Umbanda Fest 2007 quando o Sr. Pai Dito de Cafelândia, então com 72 anos subiu ao palco e a idéia era que ele, assim como outros que ali foram chamados dessem um alô e um salve - mas ou faltou combinar ou atendendo ao seu coração - este Sacerdote disparou a falar, deixando-nos ,organizadores, atônitos. Mas entre as coisas que ele falou, destaco:
"Tem muita gente nova que mal saiu das fraldas e já está dando passe!" e disse sobre a falta de respeito aos mais velhos, e disse sobre o abuso de cobranças (até pelo simples fato de dar um passe), e disse que se queremos uma coisa bonita, honesta e que o povo não desacredite no nosso trabalho, é preciso dar um basta nestas coisas (neste ponto escrevo de memória, mas se ele não disse, assim compreendi e concordo).
Revi este Sacerdote num evento realizado a pouco tempo em Bauru e respeitosamente mirei seu rosto e seu olhar, quanto teria hoje para falar, se lhe dessem oportunidade...
Lembrei da Dona Eva e sua Baiana, que há anos realiza um trabalho maravilhoso de caridade e assistência social, quando não havia discursos, nem meus, nem de outros sobre dignificar a Umbanda perante a sociedade.
Lembrei do Seo Paiva da Sociedade Beneficente Cristã, do Sr. Inu, Dna Maria, avó de um amigo o Paulo Baiano, etc.
Quantos outros estão espalhados nestes rincões sem placa indicativa no portão e neste exato momento em que escrevo podem estar fazendo ou se preparando para dar um passe com um terçinho ou guia, um copo dágua e um galhinho de arruda nas mãos e um coração aceso de tanta fé a amor a verdade:
Umbanda é prática da caridade através da manifestação dos ESPÍRITOS no sentido do AMOR FRATERNO que Jesus DELEGOU como missão a um grupo de espíritos desencarnados para no plano terreno junto a tantos outros espíritos encarnados atuassem, tendo à frente um que para melhor se fazer compreender e ser aceito se auto-denominou Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Jesus como Mestre Maior, Espíritos desencarnados como Trabalhadores-Orientadores, Espíritos encarnados como Instrumentos-Servidores e TODOS em nome de uma LEI MAIOR.
"Ah vc agora chutou o balde cara!"
Mas será que não deu prá entender ainda que o que vale mesmo e dá sentido ao surgimento da Umbanda neste plano é exatamente isso?
Que podemos até LOUVAR ao Orixás na Umbanda, mas que nesta não temos como premissa CULTUÁ-LOS?
Que o sentido da expressão AMOR FRATERNO é essência e se realiza toda vez e todo lugar onde acontece e que tanto faz se recebe o nome de Umbanda ou outro qualquer?
Este é o sentido que falta e assim me permito refletir, sobre o prq não haver a tão conclamada união. Muitos estão preocupados, receosos e mesmo não interessados de abandonar a sua talbuá de salvação neste imenso oceano chamado Umbanda ou Escola da Vida Maior.
Óbvio ululante que o fator interesses mesquinhos, personalistas e inomináveis sejam a antítese.
Não é demais lembrar que não adianta maquiarmos nossos atos, pois a vibração do que realmente intentamos está sendo vista e percebida 1º pela Espiritualidade e 2º algum dia no plano terreno.
Que há o direito sim de aplicar ritualisticamente isto ou aquilo - não incentivo a formatação ou engessamento das pretensas codificações e nem tampouco creio que sejam a solução como muitos fomentam - mas é preciso estar atento e realmente comprometido para que não se percam os própositos supracitados.
Mas vejam só, pego pelo contrapé não é mesmo? O que estou fazendo aqui que ainda não fui prá lá ao lado deles de joelhos no chão, elevando preçes e maõs em favor de alguém?
À todos vcs que nunca me lerão, meus profundos respeitos!
Peço e preciso da sua benção,
E muito, muito obrigado, pois é por vcs que um dia Jesus disse e ainda ecoam suas palavras:
"Pai, obrigado por esconder estas coisas dos poderosos e arrogantes e as revelastes ao pequeninos e humildes!"
Mas não nos enganemos, não pela suposta humildade ou simplicidade externa que se apresenta ou se queira demonstrar, mas acreditemos nos vai pelos olhos nos olhos daquilo que vai e fala o coração, de cada um de nós.
Humildade, simplicidade, sinceridade não são adereços que se possam colocar pendurados no peito, mas sim endereços por onde a autenticidade entra e sai, sem jamais deixar de se ausentar...
Paz e Luz!
TEMPO REI - GILBERTO GIL
http://www.youtube.com/watch?v=CTJdrLuNVzQ
4 comentários:
Que podemos até LOUVAR ao Orixás na Umbanda, mas que nesta não temos como premissa CULTUÁ-LOS?
Essa sua assertiva me acendeu uma luzinha nos miolos: onde será que eu continuo me expressando mal que não consigo me fazer entender?...
Foi aí que eu percebi onde está o problema: o culto aos Orixás!
O que impede um Umbandista de cultuar os Orixás?... Nada, só que, aí, já não é mais Umbanda! E "espíritos" e os cultos aos Orixás não se misturam muito bem, como o sabem os Candomblecistas. As "frequências" são diferentes e, caso misturadas, dá lambança.
Nada impede... mas há que ter muito cuidado... e conhecimento de causa (além de muito bom senso), moedas raras hoje em dia...
"Humildade, simplicidade, sinceridade não são adereços que se possam colocar pendurados no peito, mas sim endereços por onde a autenticidade entra e sai, sem jamais deixar de se ausentar...
Perfeita a colocação!
Só não confundam, jamais, HUMILDADE com o dever de se humilhar diante do RACIONALMENTE deteriorado e/ou adaptado para que se insiram novas e "criativas" crenças, sempre sob as asas do que julgam ser e querem que seja Umbanda!
UMBANDA = Trabalho com ESPÍRITOS para a caridade.
CANDOMBLÉ = Culto aos Orixás de Nação.
Oi João Carlos! Tivesse ieu dado ouvidos, atenção e zelo ao que vc escreveu tantas e tantas vezes não teria passado maus bocados, nem colocado azeitona na empada de muitos banguelas. Mas agora, ao menos uma Inêis é morta, restaram outras que ainda tenho tempo de cultivar e cuidar melhor.
"mas há que ter muito cuidado... e conhecimento de causa (além de muito bom senso), moedas raras hoje em dia..."
Ihhhhh!!!! Bota raridade nisso!!!!
Abraços Fraternos!
Paz e Luz!
Ai, ai, ai Cláudio! Assim fica díficil, já não basta o que o João Carlos observou com a costumeira propriedade, vêm vc e ainda pede mais lucidez? rsrsrsrsrsrs
Abraços Mano!
Paz e Luz!
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